domingo, 17 de agosto de 2008

Matéria Revista Isto é - 16 de agosto de 2008


ARTES VISUAIS
Tradição e ruptura
Mesmo que aparelhados com meios tecnológicos, jovens pintores resgatam valores tradicionais

Por PAULA ALZUGARAY


2000EOITO/ Sesc Pinheiros, São Paulo/ até 5/10

Não foram escassos os anúncios da morte da pintura. O primeiro alerta veio com a invenção da fotografia, há quase 200 anos. A fixação da imagem do mundo sobre o papel fotográfico gerou o grande dilema da pintura moderna, colocando em suspensão sua função de representação da realidade. A resposta das vanguardas foi implacável e começou com as três telas monocromáticas de Alexander Rodchenko, anunciando o fim dos valores tradicionais do ofício: não havia mais figura, fundo, nem representação. Depois, viriam outros demolidores de convicções, como Mondrian, Duchamp, até surgir, no Brasil, Aluísio Carvão e a geração de neoconcretistas que projetaram vibrações cromáticas para além da superfície plana da tela. Essa vontade de experimentação que nasceu com a fotografia, o cinema e o vídeo teria contaminado também a relação dos artistas com a pintura. Essa tese foi desenvolvida pela exposição Pintura reencarnada, em 2004, com curadoria da jornalista Angélica de Morais, que argumentava sobre a mutação da matéria pictórica contemporânea em pixels, feixes de luz, impulsos e sensores elétricos. Agora, o debate sobre a morte e a reencarnação da pintura pode ganhar novos contornos com a exposição do grupo 2000eoito, que reúne oito jovens pintores que não abrem mão de usar tintas sobre superfícies planas, mesmo que assimilem processos e temáticas importadas da fotografia e das câmera de vigilância.
"Fomos contaminados pela discussão sobre a morte da pintura e também pelo Skype, GPS, vídeo, internet, etc. A tecnologia é nossa aliada, mas é na pintura que encontramos a melhor forma de dizer o que queremos", diz o pintor Marcos Brias, um dos integrantes do grupo 2000eoito, que se formou há um ano com o objetivo de fazer uma exposiçãocoletiva de pintura. "Todos nos sentíamos ilhados, pois éramos parte de uma minoria que pintava", diz Rodolpho Parigi, que procura traduzir na pintura "a hibridização e a vibração da vida contemporânea".
A presença dessa vibração contemporânea é perceptível na mostra, mesmo que os artistas façam um uso assumido de valores e gêneros pictóricos tradicionais: Rodrigo Bivar dedica-se ao retrato, Marina Rheingantz, Bruno Dunley e Renata De Bonis se debruçam sobre a paisagem, Ana Elisa Egreja trabalha sobre o valor decorativo da natureza-morta. Mas talvez onde a pintura efetivamente entre em fricção com a atualidade seja no trabalho de Regina Parra, que representa imagens captadas por câmeras de vigilância. "O uso da fotografia como intermediação entre a realidade e a pintura é o que diferencia essa geração da minha", afirma o pintor Paulo Pasta, curador da exposição e ex-professor do grupo. Mas, segundo ele, a contemporaneidade, nesses artistas, não está no uso da fotografia. "Está na vitalidade, no ânimo, no entusiasmo com que eles se colocam diante da pintura", afirma o pintor, que atualmente expõe um panorama de sua produção recente no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio.


http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2024/tradicao-e-rupturamesmo-que-aparelhados-com-meios-tecnologicos-jovens-pintores-99153-1.htm

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

And Schnabel speaks.....

" Quero que minha vida seja embutida no meu trabalho, moída e misturada na minha pintura como um carro prensado. Se não é o meu trabalho, é somente " alguma coisa". Longe do trabalho sou um aleijado. Sem minha relação com estes objetos que podem parecer "inanimados", sou apenas um desajustado indulgente. Se o espírito de "ser" não está presente no trabalho, este então deve ser destruído, pois não contém significado. Eu estou fazendo um sinônimo da verdade com todos os possíveis artifícios , por mais oblíquo que isso possa parecer. Estou fazendo ícones que mostram a vida a partir da nossa morte. Um apanhado de erros."

Julian Schnabel

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Blog da Tpm









http://revistatpm.uol.com.br/blog/?log_id=135

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Memphis Blues, 50 X 50 cm, óleo e cera sobre papel, 2008.










'An' here I sit so patiently
Waiting to find out what price
You have to pay to get out of
Going through all these things twice.
Oh, Mama, can this really be the end,
To be stuck inside of Mobile
With the Memphis blues again.'

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

Fim de semana II


Por que as vezes é muito bom ver as coisas de lado.
Comemoração das coisas simples e maravilhosas da vida. Por que as vezes é importante celebrar também.

Fim de semana



Playground pós-guerra bizarro.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Exposição 2000 e oito - Sesc Pinheiros - abertura dia 6 de agosto, quarta feira, as 20hrs‏








JOVENS ARTISTAS BRASILEIROS EXPÕEM NO SESC PINHEIROS OBRAS QUE REFLETEM SOBRE AS NOVAS POSSIBILIDADES DE PENSAR A PINTURA CONTEMPORÂNEA

A exposição 2000EOITO reúne no SESC Pinheiros de 07 de agosto a 05 de outubro, 15 trabalhos de oito jovens pintores brasileiros. Com curadoria de Paulo Pasta, a mostra tem o objetivo de criar um debate, uma conversa acerca das novas possibilidades para a pintura. Como ela pode ser reinventada? Atualizada? O que ainda pode ser proposto? O que vale a pena ser discutido? São algumas das questões abordadas pelos artistas Ana Elisa Egreja, Bruno Dunley, Marcos Brias, Marina Rheingantz, Regina Parra, Renata De Bonis, Rodolpho Parigi e Rodrigo Bivar.

Segundo Paulo Pasta o que os motiva individualmente é o aprofundamento da expressão própria. A idéia de um único estilo cede espaço à multiplicidade de tendências que se complementam dentro de um mesmo grupo. Tendências que retomam gêneros abordados dentro da história da pintura como a paisagem, a pintura de interior, o retrato e a natureza morta, potencializando a experiência presente.

A formação do grupo 2000e8 (título análogo a mostra) não visa limitar ou formatar a produção dos seus participantes, mas sim ampliar as possibilidades e potencialidades presentes na pintura, sem criar um movimento dogmático com um único pensamento. Cada um dos oito artistas tem um trabalho individual e específico, que difere de maneira considerável de todos os outros.